Você é o condutor principal do seu veículo ?
A primeira providência ao vistoriar seu próximo carro é conferir o aspecto geral da carroceria. Batidas, amassados e riscos? Peça descontos. Fique atento para os locais das batidas e amassados. Riscos perto dos para-choques e nas rodas são normais, mas amassado na coluna, perto do vidro da porta, não é lá muito interessante... Atenção, o carro pode ter sofrido uma avaria grave. Pergunte para o vendedor qual o histórico do modelo que está comprando. Passe a mão em todo o veículo e procure identificar se há ferrugem na carroceria, se há vãos, folgas nos encaixes do capô, por exemplo.
Carro muito antigo e com baixíssima quilometragem é motivo de desconfiança. Hoje uma das coisas mais fáceis é modificar o hodômetro. Mesmo os digitais. Para isso basta um notebook. Quer ter certeza da quilometragem do veículo? Uma das maneiras é checar a data da última revisão que deve estar escrita no manual do veículo. Por exemplo: um carro 2000 que tenha 35.000 km no hodômetro deveria ter feito a revisão dos 20.000 km por volta de 2004. Se você verifica que o carimbo da revenda data do ano 2001 ou 2002, é improvável que nos últimos 4 ou 5 anos ele tenha rodado apenas 15.000 km. Use o bom sendo.
Os pneus também denunciam o quão usado está o veículo. Um jogo de pneus radiais deve durar pelo menos 50.000 km. Se o pneu está muito gasto e o carro apresenta uma quilometragem muito inferior, desconfie. Lembre-se, o estepe também deve ser conferido. Ele deve ser das mesmas marca e modelo do veículo. Para testar os amortecedores com o carro parado, jogue todo o peso do corpo sobre as mãos pressionando o carro para baixo e solte rapidamente. Se a carroceria balançar duas ou três vezes na sequência é porque os amortecedores já estão vencidos. Se tudo estiver bem, pergunte ao proprietário sobre a troca dos amortecedores. Se o proprietário já fez essa troca é porque o carro já passou dos 40.000 km. Antes disso é improvável que o carro tenha apresentado desgaste prematuro dos amortecedores.
Observe também: desgaste do volante, da manopla da alavanca do câmbio e das sapatas dos pedais. Se tudo isso tiver muito gasto é porque o carro está bem rodado e foi bastante utilizado.
E uma última dica: ninguém gosta de comprar carro que foi batido, certo? A desconfiança é que o reparo não tenha sido bem feito e exista dificuldade no realinhamento da direção. OK. Quer uma dica simples para saber se a frente do carro foi consertada em razão de uma colisão? Verifique se há marcas de ferramentas nos parafusos que prendem o capô. A dica é muito simples: ninguém retira um capô se não for para reparar a funilaria. Se houver marcas significa que o capô foi tirado, eventualmente trocado ou recolocado. E aí fica fácil saber o porquê. Fique atento.
Fonte: Jornal Auto Show News
Autor: Bell Gama